O que é lombalgia e como tratar?

Você já sentiu dor na parte de baixo das costas, perto da bacia? Essa dor é chamada de lombalgia e é muito comum na população. Ela pode ser causada por vários motivos, como má postura, esforço físico, excesso de peso, hérnia de disco, artrose ou inflamação na coluna.

A lombalgia pode ser aguda, quando dura menos de 3 semanas, ou crônica, quando persiste por mais de 3 meses. A dor pode ser localizada na região lombar ou se espalhar para os glúteos ou as pernas, seguindo o trajeto do nervo ciático. Em alguns casos, a dor pode ser tão forte que dificulta os movimentos e as atividades do dia a dia.

Mas não se desespere! A maioria das lombalgias melhora com medidas simples, como repouso, compressas quentes ou frias, alongamento e medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios. Também é importante corrigir os hábitos que podem prejudicar a coluna, como evitar ficar muito tempo sentado ou em pé na mesma posição, levantar peso com cuidado e manter uma boa postura.

Se a dor não melhorar em algumas semanas ou se vier acompanhada de outros sintomas, como febre, perda de peso, dormência ou fraqueza nas pernas, é recomendado procurar um médico para fazer uma avaliação e um diagnóstico mais preciso. O médico pode solicitar exames de imagem, como raio X, tomografia ou ressonância magnética, para verificar se há alguma alteração na estrutura da coluna que possa explicar a dor.

O tratamento da lombalgia depende da causa e da intensidade da dor. Em alguns casos, pode ser necessário fazer fisioterapia, acupuntura, infiltração ou cirurgia. O objetivo é aliviar a dor, reduzir a inflamação, melhorar a mobilidade e a função da coluna e prevenir novas crises.

Neste post, vamos explicar melhor o que é a lombalgia, quais são as suas causas mais comuns, como reconhecer os sintomas e quais são as opções de tratamento disponíveis. Além disso, vamos dar algumas dicas de remédios caseiros e naturais que podem ajudar a aliviar a dor e a inflamação na coluna. Acompanhe!

O que é Lombalgia?

A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior da coluna vertebral. Essa região é formada por cinco vértebras (L1-L5) que sustentam o peso do corpo e permitem os movimentos de flexão e extensão do tronco. Entre as vértebras há discos intervertebrais que funcionam como amortecedores e evitam o atrito entre elas.

Além disso, há ligamentos, tendões e músculos que dão estabilidade e mobilidade à coluna. Quando alguma dessas estruturas sofre uma lesão ou uma inflamação por algum motivo, pode ocorrer dor na região lombar.

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Essa dor pode ser leve ou intensa, constante ou intermitente, localizada ou irradiada para outras partes do corpo. A lombalgia pode ser classificada em aguda ou crônica.

Lombalgia aguda: é aquela que dura menos de 3 semanas e geralmente está relacionada a algum trauma ou esforço físico excessivo que provoca uma distensão muscular ou um entorse ligamentar na coluna. A dor costuma ser forte e limitante, mas tende a melhorar com o repouso e o uso de medicamentos.

– Lombalgia crônica: é aquela que persiste por mais de 3 meses e geralmente está associada a alguma doença degenerativa ou inflamatória da coluna que afeta os discos intervertebrais ou as articulações entre as vértebras. A dor costuma ser moderada e constante, mas pode se agravar com certos movimentos ou posições. O tratamento pode envolver fisioterapia, acupuntura, infiltração ou cirurgia.

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Quais são as causas da Lombalgia?

A lombalgia pode ter diversas causas, que podem ser divididas em mecânicas ou não mecânicas.

As causas mecânicas são aquelas que afetam a estrutura ou a função da coluna, como:

– Má postura: ficar muito tempo sentado ou em pé na mesma posição, curvar-se para frente, carregar objetos pesados ou usar sapatos de salto alto podem sobrecarregar a coluna e provocar dor.

– Esforço físico: praticar atividades físicas sem aquecimento ou orientação adequada, fazer movimentos repetitivos ou bruscos ou levantar peso de forma incorreta podem causar lesões nos músculos, ligamentos ou discos da coluna e gerar dor.

– Excesso de peso: o sobrepeso ou a obesidade aumentam a pressão sobre a coluna e favorecem o desgaste das articulações e dos discos intervertebrais, podendo levar à dor.

– Hérnia de disco: é a saída do núcleo gelatinoso do disco intervertebral para fora do seu lugar, comprimindo as raízes nervosas que saem da coluna. Isso pode causar dor na região lombar que se irradia para os glúteos ou as pernas, seguindo o trajeto do nervo ciático. A hérnia de disco pode ser causada por trauma, esforço físico, envelhecimento ou predisposição genética.

– Artrose da coluna: é o desgaste da cartilagem que reveste as articulações entre as vértebras, provocando dor e rigidez na coluna. A artrose da coluna pode ser causada por envelhecimento, sobrepeso, má postura, esforço físico ou predisposição genética.

– Espondilolistese: é o deslizamento de uma vértebra sobre a outra, alterando o alinhamento da coluna. Isso pode causar dor e instabilidade na região lombar. A espondilolistese pode ser causada por trauma, esforço físico, defeito congênito ou degeneração da coluna.

As causas não mecânicas são aquelas que não afetam diretamente a estrutura ou a função da coluna, mas que podem se manifestar com dor lombar como um sintoma. Algumas delas são:

– Espondilite anquilosante: é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente as articulações da coluna, causando dor e rigidez progressiva. A espondilite anquilosante tem origem autoimune e genética e costuma afetar mais os homens jovens.

– Infecção: é a invasão de micro-organismos na coluna que podem provocar inflamação e dor. A infecção pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas e pode atingir os discos intervertebrais (discite), as vértebras (osteomielite) ou as articulações (artrite séptica).

– Tumor: é o crescimento anormal de células na coluna que podem comprimir as estruturas nervosas e causar dor. O tumor pode ser benigno ou maligno e pode se originar na própria coluna (primário) ou se espalhar de outros órgãos (metastático).

– Fratura: é a ruptura de uma vértebra por trauma direto ou indireto na coluna. A fratura pode causar dor intensa e instabilidade na região lombar. A fratura pode ser causada por acidente de trânsito, queda, violência ou osteoporose.

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Quais são os sintomas da Lombalgia?

O principal sintoma da lombalgia é a dor na região lombar inferior da coluna. A dor pode ter características diferentes dependendo da causa e da intensidade da lesão.

A dor pode ser descrita como:

– Aguda ou crônica: dependendo do tempo de duração;

– Localizada ou irradiada: dependendo se fica restrita à região lombar ou se espalha para outras partes do corpo;

– Constante ou intermitente: dependendo se permanece o tempo todo ou se varia com os movimentos ou as posições;

– Forte ou moderada: dependendo da intensidade e da tolerância à dor;

– Em queimação, pontada, choque ou peso: dependendo da sensação que a dor provoca.

Além da dor, a lombalgia pode causar outros sintomas, como:

  • Rigidez ou espasmo muscular na região lombar;
  • Dificuldade para se movimentar, sentar, levantar ou caminhar;
  • Alteração da sensibilidade, como formigamento ou dormência, nas pernas ou nos pés;
  • Fraqueza ou perda de força nas pernas ou nos pés;
  • Alteração do controle urinário ou intestinal.

Em alguns casos, a lombalgia pode ser acompanhada de outros sinais ou sintomas que indicam uma situação mais grave e que necessitam de atenção médica urgente. Alguns deles são:

  • Febre, calafrios ou suores noturnos;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • História de trauma, queda ou acidente na coluna;
  • História de câncer, infecção, imunossupressão ou uso de drogas intravenosas;
  • Idade acima de 50 anos ou abaixo de 20 anos;
  • Dor que não melhora com o repouso ou que piora à noite.

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Quais são as opções de tratamento para a Lombalgia?

O tratamento para a lombalgia depende da causa, da intensidade e da duração da dor. O objetivo é aliviar os sintomas, reduzir a inflamação, melhorar a mobilidade e a função da coluna e prevenir novas crises.

O tratamento pode envolver medidas não farmacológicas, farmacológicas e invasivas.

As medidas não farmacológicas são aquelas que não envolvem o uso de medicamentos, como:

  • Repouso: consiste em evitar atividades que possam agravar a dor e permanecer em uma posição confortável por alguns dias. O repouso deve ser moderado e não deve ultrapassar 3 dias, pois o excesso de inatividade pode prejudicar a recuperação e causar atrofia muscular.
  • Compressas quentes ou frias: consistem em aplicar bolsas térmicas de gel ou toalhas umedecidas na região lombar por cerca de 15 a 20 minutos. O calor ajuda a relaxar os músculos e aumentar o fluxo sanguíneo, enquanto o frio ajuda a diminuir o edema e a inflamação. A escolha entre calor ou frio depende da preferência pessoal e da tolerância à temperatura.
  • Alongamento: consiste em fazer exercícios que esticam os músculos da coluna e dos membros inferiores, melhorando a flexibilidade e a amplitude dos movimentos. O alongamento deve ser feito com cuidado e sem forçar demais a coluna. Alguns exemplos de alongamento são: deitar de barriga para cima e abraçar os joelhos; deitar de barriga para cima e girar as pernas para um lado e o tronco para o outro; ficar em pé e inclinar o tronco para frente tentando tocar os pés com as mãos.
  • Fisioterapia: consiste em fazer sessões com um profissional especializado que utiliza técnicas manuais, aparelhos eletroterapêuticos e exercícios terapêuticos para tratar a dor e a inflamação na coluna. A fisioterapia também ajuda a fortalecer os músculos que sustentam a coluna, melhorar a postura e corrigir possíveis desvios na coluna.
  • Acupuntura: consiste em inserir agulhas finas em pontos específicos do corpo que estimulam os nervos e liberam substâncias analgésicas e anti-inflamatórias. A acupuntura pode ajudar a aliviar a dor e o espasmo muscular na coluna.
  • Massagem: consiste em aplicar pressão e movimentos suaves sobre os músculos da coluna, promovendo relaxamento e alívio da dor. A massagem pode ser feita com óleos essenciais ou cremes que tenham propriedades anti-inflamatórias, como arnica, alecrim ou menta.

As medidas farmacológicas são aquelas que envolvem o uso de medicamentos, como:

  • Analgésicos: são medicamentos que bloqueiam a transmissão da dor para o cérebro, como paracetamol, dipirona ou tramadol. Eles podem ser usados para aliviar a dor leve a moderada na coluna.
  • Anti-inflamatórios: são medicamentos que inibem a produção de substâncias que causam inflamação, como ibuprofeno, diclofenaco ou naproxeno. Eles podem ser usados para aliviar a dor e a inflamação na coluna.
  • Relaxantes musculares: são medicamentos que diminuem o tônus e o espasmo dos músculos, como ciclobenzaprina, tizanidina ou carisoprodol. Eles podem ser usados para aliviar a dor e a rigidez muscular na coluna.
  • Corticoides: são medicamentos que têm uma potente ação anti-inflamatória, como prednisona, metilprednisolona ou dexametasona. Eles podem ser usados para aliviar a dor e a inflamação na coluna em casos mais graves ou refratários aos outros medicamentos.
  • Opioides: são medicamentos que atuam nos receptores de dor do cérebro, como morfina, codeína ou oxicodona. Eles podem ser usados para aliviar a dor intensa e crônica na coluna em casos que não respondem aos outros medicamentos.

Os medicamentos podem ser administrados por via oral, intramuscular, intravenosa ou tópica (pomadas ou adesivos). Eles devem ser usados com orientação e prescrição médica, pois podem ter efeitos colaterais e interações com outros medicamentos.

As medidas invasivas são aquelas que envolvem algum tipo de procedimento cirúrgico ou minimamente invasivo, como:

  • Infiltração: consiste em injetar um medicamento anti-inflamatório ou anestésico diretamente na região afetada da coluna, como no espaço epidural, nas articulações facetárias ou nos pontos-gatilho musculares. A infiltração pode ajudar a aliviar a dor e a inflamação na coluna em casos de hérnia de disco, artrose ou espasmo muscular.
  • Rizotomia: consiste em aplicar uma corrente elétrica ou uma radiofrequência nos nervos que transmitem a dor da coluna, bloqueando-os temporariamente. A rizotomia pode ajudar a aliviar a dor crônica na coluna em casos de artrose ou espondilolistese.
  • Cirurgia: consiste em fazer uma incisão na pele e nos tecidos para acessar a coluna e corrigir alguma alteração estrutural que esteja causando dor, como remover uma hérnia de disco, fixar uma vértebra deslocada ou colocar uma prótese intervertebral. A cirurgia é indicada apenas em casos de dor refratária aos outros tratamentos ou que causem déficit neurológico.

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Como prevenir a Lombalgia?

A prevenção da lombalgia é fundamental para evitar o aparecimento ou a recorrência da dor na coluna. Algumas medidas preventivas são:

  • Manter um peso adequado: o excesso de peso aumenta a sobrecarga sobre a coluna e favorece o desgaste das articulações e dos discos intervertebrais. Por isso, é importante manter um índice de massa corporal (IMC) dentro da faixa normal, que é entre 18,5 e 24,9 kg/m2.
  • Praticar atividade física regular: o sedentarismo enfraquece os músculos que sustentam a coluna e reduz a flexibilidade e a mobilidade das articulações. Por isso, é importante praticar atividade física regular, pelo menos 3 vezes por semana, por 30 minutos cada sessão. As atividades mais indicadas são as aeróbicas, como caminhada, bicicleta ou natação, e as que fortalecem os músculos da coluna, como pilates ou musculação.
  • Adotar uma boa postura: a má postura pode causar desalinhamento da coluna e sobrecarga das estruturas da coluna. Por isso, é importante adotar uma boa postura em todas as situações do dia a dia, como sentar-se com as costas retas e apoiadas na cadeira, evitar curvar-se para frente ou para os lados, manter os ombros relaxados e alinhados com as orelhas, apoiar os pés no chão ou em um apoio, usar um travesseiro adequado para dormir e evitar usar sapatos de salto alto.
  • Evitar esforços excessivos: os esforços excessivos podem causar lesões nos músculos, ligamentos ou discos da coluna e provocar dor. Por isso, é importante evitar levantar objetos pesados ou fazer movimentos repetitivos ou bruscos com a coluna. Quando for necessário levantar algum objeto do chão, deve-se dobrar os joelhos e manter as costas retas, segurando o objeto próximo ao corpo. Quando for necessário carregar algum objeto, deve-se distribuir o peso igualmente entre os dois braços ou usar uma mochila com alças largas e acolchoadas.
  • Fazer alongamento: o alongamento ajuda a esticar os músculos da coluna e dos membros inferiores, melhorando a flexibilidade e a amplitude dos movimentos. O alongamento deve ser feito antes e depois de qualquer atividade física e também durante o dia, principalmente se ficar muito tempo sentado ou em pé na mesma posição.

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A lombalgia é uma condição que afeta muitas pessoas e pode comprometer a qualidade de vida. Por isso, é importante cuidar da saúde da sua coluna e buscar ajuda médica quando necessário. Lembre-se: a prevenção é sempre o melhor remédio!